segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A todo vapor .

A todo vapor!

Comendo repolho ou não, você libera pelo menos 1 litro de gases todo dia
1. Ao longo do dia, enquanto falamos, mascamos chiclete e, principalmente, durante as refeições, engolimos, sem querer, pequenas porções de ar. Pessoas que fumam, se alimentam muito avidamente e falam enquanto comem, engolem ainda mais ar. Além disso, bebidas gaseificadas e a própria saliva levam um pouco de ar em pequenas bolhas
2. O ar engolido (cerca de 80% de nitrogênio e 20% de oxigênio) passa pela faringe, pelo esôfago e chega ao estômago, onde forma uma espécie de câmara gasosa. Parte desse ar faz o caminho de volta e é expelida pela boca: é o arroto. Outra parte é absorvida pelo organismo, e o resto segue pelo tubo digestivo, junto com a comida
3. As paredes do tubo digestivo absorvem porções de gases que interessam ao nosso corpo, junto com nutrientes retirados do alimento. Nesse processo algumas moléculas de gás ficam presas nas paredes e não são absorvidas. Remédios para gases atuam retirando essas bolhinhas, que se juntam ao resto dos gases
4. A comida só é atacada por bactérias no intestino grosso. A acidez inviabiliza a vida delas em outros órgãos. A parte final do intestino delgado até poderia recebê-las (ela não é nem ácida, nem alcalina) mas a região é rica em células de defesa, que destroem as bactérias que pintam por ali
5. No intestino grosso, bactérias fermentam o alimento, produzindo vários tipos de gases e compostos. Bactérias aeróbicas (que precisam de oxigênio) produzem gás carbônico e as anaeróbicas, metano. Além disso, dependendo do alimento, elas geram alguns compostos - sulfetos, ácidos graxos e enxofre - que dão cheiro aos gases, naturalmente inodoros
6. Há trilhões de bactérias de diversos tipos no intestino grosso. Isoladamente algumas delas poderiam nos fazer mal, mas outras bactérias impedem que elas existam em número exagerado. Esse equilíbrio é importante: além de gerar doenças, o desequilíbrio gera produção exagerada de gases
7. O ânus é como um anel, com uma válvula (chamada esfíncter) de cada lado. A do lado de dentro abre-se involuntariamente, quando a ampola retal fica cheia (de fezes ou de gases). A de fora você controla e pode abrir de pouquinho em pouquinho. Mas quando a pressão gasosa é muito forte, não tem jeito: o barulho é inevitável

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